terça-feira, 28 de julho de 2009

Como no deserto



"A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio"
in "No teu deserto", de Miguel Sousa Tavares

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Criatividade, um pilar do futuro




É bom saber que há pessoas bem mais importantes do que eu
a pensar da mesma forma.
É bom saber que não estamos sós a defender as nossas ideias.
Fico, no entanto, com muitas reservas sobre a utilidade
destas palavras junto dos senhores-que-teimam-em-(des)governar-este-país
e com responsabilidades no Ensino e na Educação...

A este propósito, não resisto a publicar um excerto de um projecto de intervenção
apresentado por um candidato a Director de um Agrupamento de escolas:
"Estabelecer critérios a observar na execução dos horários dos alunos de forma a garantir um ensino eficaz e de qualidade; os primeiros tempos
do horário serão destinados às disciplinas de Humanidades e Científicas,
reservando-se os últimos tempos, e os de desdobramento, para as disciplinas das artes".


Este parágrafo está incluído no capítulo das "competências a destacar"
que o candidato se propõe fazer cumprir caso seja eleito.
Pela amostra, espero que tal nunca venha a acontecer!...
É triste reparar que até na grafia, apresentada em letra minúscula,
as Artes são preteridas em favor das maiúsculas das Humanidades e Científicas!!!

A batalha é longa, Sir Ken Robinson...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

segunda-feira, 27 de abril de 2009

I walk by you today



O "Tropfest", o maior festival de curtas metragens do mundo,
começou há 17 anos em Sydney e, no ano passado,
teve a sua primeira edição em Nova York.
O filme vencedor foi esta pequena maravilha, totalmente realizado
com um telemóvel. O seu orçamento foi de 40 dólares
(cerca de 30 euros), mas a sua mensagem terá preço?...

sábado, 25 de abril de 2009

Liberdade


25 de Abril: Fora de Moda from Spam Cartoon on Vimeo.

Liberdade de expressão


Concordando ou não com o género de jornalismo praticado, é com homens assim que se constrói um país sem medo e determinado.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mais uma raiz


Foto: Lawrence Rugolo

"A tree with strong roots can withstand the most violent storm, but the tree can't grow roots just as the storm appears on the horizon."
Dalai Lama

Identificas-te com as árvores
e eu consigo apreciar-te como uma árvore,
Grande, frondosa.
Deixo-me descansar no abrigo dos teus braços,
bebo da pureza do teu vigor,
desfruto da tua magnificência.
Hoje fazes crescer mais uma raiz, terra adentro...
E hoje, mais uma vez, me questiono
como é possível uma tão robusta árvore
ceder a ventos mais aziagos.
Não corresponde, de todo, à tua força e à tua beleza,
ao teu porte, ao teu ser,
essas raízes que agora abandonas.
Não podes partir, bela árvore, para outras paragens
sem levares contigo as tuas raízes.
E, ainda assim, ali ficarás expectante,
na esperança que elas queiram de novo alimentar-te,
correndo o risco de definhar e morrer,
se a terra que agora te alicia vier a revelar-se pobre para uma árvore como tu.

Imagino-te a abraçar-me onde mais uma folha floresce
enquanto esticas mais uma das tuas raízes
Imagino-te uma árvore, sim, mas bem sustentada,
uma árvore que precisa do sol mas que não pode esquecer a terra...
Já viste que as raízes das árvores são tanto ou mais bonitas que os seus ramos?
E, a menos que cedas às tempestades e quebres junto ao solo,
serás tanto mais forte quanto mais profundo desenvolveres as tuas raízes.

Parabéns, minha querida.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Brinde



«A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas estão ligadas.
Talvez sempre tenham sido e sempre serão.
Talvez nós tenhamos vivido mil vidas antes desta e em cada uma delas nós nos encontramos.
E talvez, de cada vez, tenhamos sido forçados a separar-nos pelos mesmos motivos.
Isso significa que este adeus é ao mesmo tempo um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá.»

Nicholas Sparks in, "O diário da nossa paixão"

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Onde te escondes?


foto: CX

"Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!"
Mário Quintana

terça-feira, 14 de abril de 2009

Em margens opostas



Uma bonita declaração de amor...
Apesar das diferenças
Apesar dos caminhos dispersos
Apesar das tentações
Apesar de tudo...
Um hino ao amor
(se é que isso é possível)

sábado, 11 de abril de 2009

Valsa



Uma música mágica, para ouvir de olhos fechados e mente longe.
Tão longe ou tão perto, bem dentro de cada um de nós...
Uma música em forma de poema, de um dos mais brilhantes músicos galegos: Emílio Cao.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Apaixone-se!



Eu já me apaixonei.
E continuo o sonho
De ela um dia saber que eu existo...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Um dia…



"Um dia quando a ternura for a única regra da manhã,
acordarei entre os teus braços,
a tua pele será talvez demasiado bela
e a luz compreenderá a impossível compreensão do amor.

Um dia quando a chuva secar na memória.
quando o inverno for tão distante,
quando o frio responder devagar com a voz arrastada de um velho,
estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito de nossa janela,
sim, cantarão pássaros,
haverá flores,
mas nada disso será culpa minha,
porque eu acordarei nos teus braços e não direi nenhuma palavra,
nem o princípio de uma palavra,
para não estragara perfeição da felicidade."

José Luis Peixoto

quarta-feira, 18 de março de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

De repente



De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

Vinicius de Moraes

terça-feira, 10 de março de 2009

Soneto do Amor Total



Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Moraes

segunda-feira, 9 de março de 2009

terça-feira, 3 de março de 2009

Músicas da minha vida - V



"Algures sobre o arco-íris"
Israel Kamakawiwo'ole

Ooooo oooooo ohoohohoo
Ooooo ohooohoo oooohoo

Somewhere over the rainbow
Way up high
And the dreams that you dreamed of
Once in a lullaby
Somewhere over the rainbow
Blue birds fly
And the dreams that you dreamed of
Dreams really do come true ooh ooooh
Someday I'll wish upon a star
Wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney tops thats where you'll find me oh
Somewhere over the rainbow bluebirds fly
And the dream that you dare to,why, oh why can't I?

Well I see trees of green and
Red roses too,
I'll watch them bloom for me and you
And I think to myself
What a wonderful world

Well I see skies of blue and I see clouds of white
And the brightness of day
I like the dark and I think to myself
What a wonderful world

The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people passing by
I see friends shaking hands
Saying, "How do you do?"
They're really saying, I...I love you
I hear babies cry and I watch them grow,
They'll learn much more
Than we'll know
And I think to myself
What a wonderful world

Someday I'll wish upon a star,
Wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney top that's where you'll find me
Oh, Somewhere over the rainbow way up high
And the dream that you dare to, why, oh why can't I? I hiii?

Ooooo oooooo ohoohohoo
Ooooo ohooohoo oooohoo

Mãos



Não serão mãos que aprisionam.
Não são mãos que prendem.

"São mãos de carícias
afagos aconchegantes
abraços calorosos

São mãos de fogo
desejos indizíveis
luxúrias gritantes

São mãos húmidas
ensopam o corpo
evaporam prazeres

São mãos enormes
vastas como as planícies
vagas como os hiatos
[entre os dedos]

São mãos de tentação
destilam essências
famintas, convidativas

São mãos que
roubam a sensatez
propagam vontades camufladas,
atiçam ébrios quereres.

São mãos, de perdição..."




foto de Evgeny Brook

"Mãos que afagam…
mãos que acariciam…
mãos que pelo corpo passeiam…
mãos que o desejo incendeiam…
mãos que massageiam…
mãos que te tocam…
mãos que apenas vagam…
mãos que o sexo buscam…
mãos que ao prazer te levam…
mãos que teu orgasmo provocam…
mãos que louca te deixam…
mãos que te alucinam…
mãos que te excitam…
mãos que te desejam…
mãos… queres essas mãos?
mãos…que te ofereço…"

Marcial Salaverry

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Em paz, seguramente...

Outra visão do mesmo hino

Músicas da minha vida - IV



Como é possível não nos sentirmos felizes? Como é possível estarmos eternamente insatisfeitos? Como é possível não nos contentarmos com o amor que temos e damos, com a felicidade das coisas simples, com os afectos e os sorrisos de quem amamos? Como é possível não darmos valor aquilo que temos e procurarmos sempre mais? Por quê tanta sede de querer mais, tanta insatisfação? Por que não damos, simplesmente, graças por tudo o que temos?